sábado, 31 de dezembro de 2016

sábado, 24 de dezembro de 2016

BOM NATAL

Um edito de César ordenara que naquele ano se fizesse o censo do povo. Cada qual deveria dirigir-se à Cidade de Davi para registrar o nome, o ofício, o lugar de habitação. “Que deseja César”, perguntavam atemorizados. Sim, falava-se em guerras, no aumento dos impostos e até mesmo na expulsão de certas tribos, apontadas como pouco simpáticas a Roma e à classe dominante dos sacerdotes do Templo de Jerusalém. Murmurava-se que, naquele ano, iriam cumprir-se as profecias com o aparecimento do Salvador prometido. As rebeliões mais recentes perduravam na lembrança do povo, a repressão sanguinária, o ódio, a miséria, eram relatados pelos mais velhos. César estava atento, pelos olhos dos governadores da Judeia, do Tetrarca seu aliado, das legiões ímpias e brutais. Desobedecer ao edito seria o mesmo que denunciar-se como inimigo de Roma. Não seria aquele pobre carpinteiro de Nazaré que ousasse semelhante desafio. “Maria está nas vésperas do seu grande dia”, comentavam. “Como viajar até Belém, por esses caminhos povoados de salteadores e na quase certeza de não achar pouso na cidade?” Nenhum argumento convenceu o carpinteiro. A lei tinha de ser cumprida. Assim o desejava também a corajosa mulher. Mais arriscariam, deixando de atender a ordem do governo, enfrentando a suspeita de revolta contra a autoridade de César e de cumplicidade com a rebelião latente. Partiram e, como lhes tinham dito, não encontraram hospedaria em Belém, e já tarde da noite viram uma gruta abandonada, na qual se recolhiam animais do pasto. Ali estavam montes de palha seca para abrigá-los do frio. O céu tão claro, as estrelas vivas, e era pela meia-noite quando a mulher sentiu que chegara a sua hora. Tudo se passou com simplicidade, ao jeito das outras mulheres do povo. O carpinteiro ajuntou as palhas e fez um pequeno berço, e os dois reclinaram-se sobre a criança, em atitude de adoração, como todos os pais se reclinam e adoram os filhos que acabam de nascer. E agradeceram a Deus porque Maria não tivera dores do parto e o menino era forte e bem conformado. Os galos começaram a cantar e amiudavam, indicando que se aproximava a madrugada. Assim, não se surpreenderam com a grande luz que enchia o espaço, e José, saindo fora, viu que era uma estrela, no lado oriente, e não o Sol, que ainda não se levantara. Com o coração cheio de alegria pelo nascimento do filho, o carpinteiro não achou espantosa aquela claridade. Só depois, quando viu pastores que marchavam no rumo da estrebaria, começou a ter medo. Quem sabe, aqueles homens eram os proprietários do lugar, ou vinham em seu nome para tirá-los dali? Aonde iriam então, no começo da fria madrugada, e o menino envolvido em farrapos? E aumentava a luz e mais perto estavam os homens, e o carpinteiro escutou as vozes, e percebeu que eram cânticos. Chegaram e ajoelharam-se ao lado do berço, e, como o carpinteiro estranhasse o que faziam, um deles, que pareceu mais velho, contou que, estando, naquela noite, na guarda das suas ovelhas, foram despertados por um coro celestial, precedido do clarão de uma estrela que se movia no firmamento, e eram anjos que diziam: “Glória a Deus nas alturas e paz na Terra aos homens de boa vontade!” E como se mostrassem atemorizados, adiantou-se o que parecia ser o chefe e disse: “Não temais. Grande notícia vos damos. Nasceu hoje, em Belém, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos será dado por sinal: achareis o menino envolto em panos e deitado numa manjedoura”. E repetindo a antífona, ausentaram-se os anjos para o céu, e era uma multidão dos exércitos celestiais. Assim foi a narrativa do pastor, e o carpinteiro parecia maravilhado, enquanto sua mulher, ao lado da criança, conferia aqueles fatos no seu coração, recordando o que lhe dissera o Anjo, no começo de sua gravidez: “Bendita sois entre as mulheres. Bendito é o fruto do vosso ventre”. Voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus, e a estrela apagou-se esmaecida no clarão da manhã. E todas as coisas retornaram à serenidade, como se nada houvera de extraordinário, até que vieram três reis orientais, dizendo que os guiara uma estrela, e ofereceram presentes de ouro, mirra e incenso, símbolos da realeza, ajoelhados diante do Menino. O carpinteiro e a mulher voltam a Nazaré, e, passados oito dias, levaram a criança ao Templo para a circuncisão, e foi-lhe consagrado o nome de Jesus. E José e Maria, segundo a lei, sacrificaram a Deus um par de rolas, que era o que podiam ofertar, em sua indigência.

Jesus Nasceu em Belém, Austregésilo de Athayde

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

QUE BRASILEIROS TEREMOS QUE SER PARA TER O BRASIL QUE QUEREMOS

Palestra no Seminário Não Aceito Corrupção, realizado pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

domingo, 18 de dezembro de 2016

A DIREITA E A ESQUERDA

Diferenças entre a direita e a esquerda, que a imprensa comunista e os professores doutrinados tentam esconder...







sábado, 17 de dezembro de 2016

BOA VIAGEM A TODOS

Peguei no Face na página do amigo Valdir Peçanha, e é um texto imprescindível...

Atenção senhores passageiros! Está na hora de renovar o passaporte!
Estaremos dentro de pouco tempo, começando mais uma viagem, com um tempo previsto em todo o trajeto de 365 dias. Carimbem o passaporte, definam o destino e embarquem na plataforma 2017. Quem tiver mágoas, ressentimentos, pendências e tristezas antigas na bagagem, favor descarregá-las no Balcão 2016, ao lado dos banheiros. Recomendamos o uso dos sapatos da boa vontade e as camisas do otimismo, evitando, durante a viagem, as saias justas da competitividade insana e os nós da gravata da ambição desenfreada.

Os passageiros que portarem sorriso nos lábios, coração aberto e mãos prontas a construir terão assento preferencial ao lado da janela da felicidade. Solicitamos a todos que apertem o cinto da esperança e recomendamos que ninguém, em hipótese alguma, utilize a saída de emergência durante a viagem.
Caso haja períodos de turbulência, mantenham a calma e a confiança no piloto desta aeronave, o Grande Comandante Universal. Em qualquer situação de medo ou desespero, contem também com nosso atendimento de bordo realizado permanentemente por nossos anjos do espaço que estarão ao lado de cada passageiro. Recomendamos durante todo o trajeto, atitudes de solidariedade, de atenção e carinho, principalmente, com as crianças e idosos, o que garante a participação em nosso programa de milhagem.
O ar das cabines, em virtude das ações do homem, está extremamente seco, por isto, sugerimos a ingestão de água durante toda a viagem. Além disto, moderação com os alimentos gordurosos. Recomendamos também exercícios físicos como exercitar as pernas, braços e pés, evitando os inchaços prejudiciais à saúde.
Importante lembrar, que embora tenhamos pessoas viajando em classes diferentes, nada assegura que na próxima viagem os passageiros terão direito aos mesmos assentos. Portanto, respeito e bom relacionamento com cada companheiro de viagem, independente da classe a qual pertença, será motivo de avaliação no momento do check-out. Para isto lembramos utilizarem o crachá da amizade e palavras de agradecimento e compreensão.
Teremos, como já é de conhecimento de todos, muitas escalas durante o trajeto, o que implica na necessária entrada e saída de pessoas, valendo recordar em todos os momentos da contínua confiança no Grande Comandante Universal.
A todos, uma excelente viagem!

Por solicitação de um leitor e também do próprio autor, esse texto é de um livro de Wiliam de Oliveira.
Para ver o livro digital, clique na imagem da capa.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

GESTÃO PRECÁRIA

Um comentário assinado por alguém que se identifica como "Perdoense" chama a nossa atenção pelo que podemos chamar de gestão precária:


Espero que os vereadores não deixem para próxima gestão a investigação da empresa que leva o lixo embora, das pessoas super conhecidas que fazem bairros clandestinos e os fiscais sabem e não fazem nada,dos medicos que recebem e naum trabalham o horario que deveriam trabalhar, da venda de água, da venda de resto de asfalto e abertura de estradas no guaxinduva, no uso de maquinas da prefeitura para serviços particulares, so roubo de combustível, do pedagio que tem que pagar para conseguir os documentos e alvaras, ...... qta coisa...... espero não ter jogado meu voto no lixo.

Com a palavra os interessados...

sábado, 10 de dezembro de 2016

SE (PRO)CURANDO, SE ACHANDO

Encontrei o texto no FaceBook, na página no amigo Valdir Peçanha, e replico porque dá orientações fundamentais para a nossa saúde:

Sim, diga a seu médico que você tem dor no peito, mas diga também que sua dor é dor de tristeza, é dor de angústia.
Conte a seu médico que você tem azia, mas descubra o motivo pelo qual você, com seu gênio, aumenta a produção de ácidos no estômago.
Relate que você tem diabetes, no entanto, não se esqueça de dizer também que não está encontrando mais doçura em sua vida e que está muito difícil suportar o peso de suas frustrações.

Mencione que você sofre de enxaqueca, todavia confesse que padece com seu perfeccionismo, com a autocrítica, que é muito sensível à crítica alheia e demasiadamente ansioso.
Muitos querem se curar, mas poucos estão dispostos a neutralizar em si o ácido da calúnia, o veneno da inveja, o bacilo do pessimismo e o câncer do egoísmo. Não querem mudar de vida.
Procuram a cura de um câncer, mas se recusam a abrir mão de uma simples mágoa.
Pretendem a desobstrução das artérias coronárias, mas querem continuar com o peito fechado pelo rancor e pela agressividade.
Almejam a cura de problemas oculares, todavia não retiram dos olhos a venda do criticismo e da maledicência.
Pedem a solução para a depressão, entretanto, não abrem mão do orgulho ferido e do forte sentimento de decepção em relação a perdas experimentadas.
Suplicam auxílio para os problemas de tireoide, mas não cuidam de suas frustrações e ressentimentos, não levantam a voz para expressarem suas legítimas necessidades.
Imploram a cura de um nódulo de mama, todavia, insistem em manter bloqueada a ternura e a afetividade.
Clamam pela intercessão divina, porém permanecem surdos aos gritos de socorro que partem de pessoas muito próximas de si mesmos.
Deus nos fala através de mil modos; a enfermidade é um deles e por certo, o principal recado que nos chega da sabedoria divina é que está faltando mais amor e harmonia em nossa vida!
– José Carlos de Lucca



quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

RÁDIO COMUNITÁRIA OU NÃO?

Um leitor que se apresenta como "Revoltado" fez um comentário que eu trago para a frente:

Prefeitura e Câmara de Vereadores podem "anunciar" em Rádios Comunitárias?

(16/07) Confira o parecer da Assessoria Jurídica da ACAERT

A administração pública está legalmente proibida de contratar apoio cultural nas Rádios Comunitárias.

A proibição decorre do próprio sentido das rádios comunitárias serem voltadas para as comunidades localizadas na sua abrangência de sinal, ou seja, 1km de raio da antena transmissora. Por outro lado, a administração pública deve seguir os princípios de coletividade dos seus fins. Na medida em que a administração pública contrata uma rádio comunitária, na forma de apoio cultural, estará restringindo a abrangência deste patrocínio para parcela restrita a comunidade atendida pela emissora comunitária no raio de 1km, em detrimento das demais.

Além disso, a Lei 9.612/98, que disciplina as rádios comunitárias, proíbe, no seu artigo 18, a publicidade da administração pública neste tipo de emissora.

Assim dispõe o artigo 18 da referida Lei:

"Art. 18. As prestadoras do Serviço de Radiodifusão Comunitária poderão admitir patrocínio, sob a forma de apoio cultural, para os programas a serem transmitidos, desde que restritos aos estabelecimentos situados na área da comunidade atendida".

Ou seja, a admissão de apoio cultural está restrita aos estabelecimentos situados dentro da área da comunidade atendida pela emissora (1km). Rádio Comunitária que aceita apoio cultural de estabelecimento localizado fora deste limite está infringindo a lei. E nem poderia ser diferente, posto que a rádio comunitária deve ser voltada exclusivamente à comunidade onde está situada.

É preciso esclarecer que o termo "estabelecimento" previsto na Lei 9.612/98, não pode ser interpretado extensivamente, pois, segundo o art. 1.142 do Código Civil Brasileiro, no Título III, do Livro II - Do Direito da Empresa, "Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária".

Portanto, de acordo com a legislação, a rádio comunitária não poderá admitir apoio cultural da adminsitração pública, e por consequência lógica, o Poder Público não poderá contratar rádios comunitárias para divulgação de seus atos. Além disso, a rádio comunitária somente poderá admitir o apoio cultural dos estabelecimentos situados dentro do raio de 1Km da antena transmissora.

Caso seja constatada esta irregularidade, denuncie. Informe o dia e a hora da transgressão. Se possível, tenha provas materiais, como a gravação do programa. Envie sua denúncia para a ACAERT (acaert@acaert.com.br) , que a Assessoria Jurídica tomará as providências cabíveis junto ao Ministério Público, Anatel e Ministério das Comunicações.

Tal ilegalidade demonstra a temeridade de envolver terceiros de boa-fé, como administração pública, com rádios comunitárias que infringem a lei, pois agindo assim responderão solidariamente pelas irregularidades cometidas pelas entidades infratoras e sofrerão as penalidades impostas pelo uso indevido do dinheiro público.

No caso em tela, o Município deverá devolver os valores gastos com esta ilegalidade aos cofres públicos e os responsáveis responderão pelo ato de irregularidade.

Fernando Silva
Campos Advocacia Empresarial
Assessoria Jurídica ACAERT

Fonte: http://www.acaert.com.br/prefeitura-e-camara-de-vereadores-podem-anunciar-em-radios-comunitarias#.WElFnlxvmBM

Acontece que a "nossa" Rádio Comunitária, nunca foi realmente comunitária, já que tem um dono, tem uma pessoa que personifica a sua propriedade, e manobra e manipula a entidade que criou para conseguir a outorga, de acordo com os seus interesses pessoais, como se fosse comercial.

Isso já havia ficado evidente em uma reunião da Associação Comercial, que houve ainda antes dele colocá-la no ar, realizada nas dependências da loja Sky, de propriedade do Ricardo Bruno e que contou com a presença dos então dirigentes da entidade, na qual ele foi apresentar a Rádio à Associação. No dia, perguntado quanto ele queria na Rádio ele não titubeou em pedir R$ 100.000,00 (cem mil reais) em sua mão... O equipamento para o seu funcionamento não ficava em R$ 10.000,00 (dez mi reais), na época.

O problema é que nenhuma Rádio Comunitária consegue recursos para se manter como se fosse uma rádio comercial, a rádio, e qualquer rádio, mesmo a comercial, encontra dificuldades em se manter e só consegue se tiver uma programação que atraia e mantenha audiência, o que seria o incentivo necessário para despertar o interesse dos anunciantes, que na rádio comercial quer retorno financeiro, enquanto na rádio comunitária, que funciona no seu objetivo principal que seria o de atender a comunidade, o retorno é menos financeiro e mais colaborativo, sem fins lucrativos, mas com fins morais. O valor da publicidade é proporcional ao retorno que o anunciante sente sobre o seu investimento.

Se a rádio não consegue alcançar audiência, não obtém custo benefício para quem anuncia. Isso provoca um ciclo que pode ser virtuoso ou vicioso, que pode fazer com que fique fácil ou dificulte manter a rádio no ar.

O dono da rádio demonstra gostar do que se pretendeu fazer, realizou um sonho de ter uma rádio, só que, apesar da boa vontade, não consegue bons resultados no projeto que desenvolve. Por isso precisa até mesmo o auxílio da administração pública, que em detrimento da lei, "colabora" para a manutenção da rádio, pagando com dinheiro público para fazer anúncios das atividades que a Prefeitura desenvolve na cidade.

Sem essa "colaboração", a rádio teria mais dificuldades em se manter. Agora, a gestão que está saindo, e que está deixando a cidade com um enorme rombo nos cofres, não está podendo "colaborar" com a rádio, deixando-a em situação ainda mais difícil.

Essa enorme dívida que a Prefeitura está deixando só foi possível que tenha crescido tanto, por causa do apoio ou conivência de todos, principalmente dos meios de comunicação da cidade, que são poucos e tão comprometidos com os gestores que não noticiaram o que acontecia e acontece na realidade, inclusive muitas vezes ajudando a esconder os fatos. Estavam "ganhando" para ajudar a colocar a responsabilidade nos outros, para desviar as atenções para a gestão.

Não sabemos se a nova gestão vai também pagar para que a rádio fale bem deles, a que está saindo nem tem mais recursos para isso...

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

domingo, 4 de dezembro de 2016

EM MEMÓRIA AO POETA E PENSADOR FERREIRA GULLAR

10 frases de Ferreira Gullar sobre o capitalismo, o socialismo e o governo

             04/12/2016

Faleceu hoje (04) no Rio de Janeiro o poeta, crítico de arte, biógrafo e tradutor José Ribamar Ferreira, também conhecido como Ferreira Gullar. Nascido no dia 10 de setembro de 1930 em São Luis – MA, fez parte de um movimento literário que lançou o pós-modernismo no Maranhão e é um dos criadores da poesia concreta, basicamente visual, que procura estruturar o texto poético a partir do espaço do seu suporte, sendo ele a página de um livro ou não.
Ferreira Gullar foi militante do Partido Comunista Brasileiro e, exilado pela ditadura militar, viveu na União Soviética, na Argentina e Chile. Gullar dizia que “bacharelou em subversão” em Moscou durante o seu exílio, mas que devido à uma maior reflexão e experiência de vida se desiludiu com o socialismo.
Em homenagem a esse grande poeta brasileiro, resgatamos a visão de Ferreira Gullar sobre o capitalismo, o socialismo, o governo e o mundo em que vivemos por meio de 10 frases ditas por Gullar em entrevistas e artigos.
Sobre a esquerda
“Quando ser de esquerda dava cadeia, ninguém era. Agora que dá prêmio, todo mundo é.”
Sobre o capitalismo
“O capitalismo não é uma teoria. Ele nasceu da necessidade real da sociedade e dos instintos do ser humano. Por isso ele é invencível. A força que torna o capitalismo invencível vem dessa origem natural indiscutível. Agora mesmo, enquanto falamos, há milhões de pessoas inventando maneiras novas de ganhar dinheiro. É óbvio que um governo central com seis burocratas dirigindo um país não vai ter a capacidade de ditar rumos a esses milhões de pessoas. Não tem cabimento.”
Sobre a “exploração” capitalista
“A luta dos trabalhadores, o movimento sindical, a tomada de consciência dos direitos, tudo isso fez melhorar a relação capital-trabalho. O que está errado é achar, como Marx diz, que quem produz a riqueza é o trabalhador, e o capitalista só o explora. É bobagem. Sem a empresa, não existe riqueza. Um depende do outro. O empresário é um intelectual que, em vez de escrever poesias, monta empresas. É um criador, um indivíduo que faz coisas novas. A visão de que só um lado produz riqueza e o outro só explora é radical, sectária, primária. A partir dessa miopia, tudo o mais deu errado para o campo socialista.”
Sobre a desigualdade social
“A própria natureza é injusta e desigual. A justiça é uma invenção humana. Um nasce inteligente e o outro burro. Um nasce inteligente, o outro aleijado. Quem quer corrigir essa injustiça somos nós. A capacidade criativa do capitalismo é fundamental para a sociedade se desenvolver, para a solução da desigualdade, porque é só a produção da riqueza que resolve isso.”
Sobre a militância no Partido Comunista durante a ditadura militar
“Eu fui do Partido Comunista, mas era moderado. Nunca defendi a luta armada. A luta armada só ajudou mesmo a justificar a ação da linha dura militar, que queria aniquilar seus oponentes. (As pessoas do partido Comunista) não lutavam por democracia, mas pela ideologia Comunista, e estavam sinceramente equivocadas. Você tem de ter uma visão crítica das coisas, não pode ficar eternamente se deixando levar por revolta, por ressentimentos. A melhor coisa para o inimigo é o outro perder a cabeça. Lutar contra quem está lúcido é mais difícil do que lutar contra um desvairado.”
Sobre o socialismo
“O socialismo fracassou. Quando o Muro de Berlim caiu, minha visão já era bastante crítica. A derrocada do socialismo não se deu ao cabo de alguma grande guerra. O fracasso do sistema foi interno. Voltei a Moscou há alguns anos. O túmulo do Lênin está ali na Praça Vermelha, mas, pelo resto da cidade, só se veem anúncios da Coca-Cola. Não tenho dúvida nenhuma de que o socialismo acabou, só alguns malucos insistem no contrário. Se o socialismo entrou em colapso quando ainda tinha a União Soviética como segunda força econômica e militar do mundo, não vai ser agora que esse sistema vai vencer.
O socialismo acabou, estabeleceu ditaduras, não criou democracia em lugar algum e matou gente em quantidade.”
Sobre a ideologia marxista
“Frequentemente me pergunto por que certas pessoas indiscutivelmente inteligentes insistem em manter atitudes políticas indefensáveis, já que, na realidade, não existem mais. Estou evidentemente me referindo aos que adotaram a ideologia marxista, que, de uma maneira ou de outra, militaram em partidos de esquerda, fosse no Partido Comunista, fosse em organizações surgidas por inspiração da Revolução Cubana.”
Sobre Cuba
“Não posso defender um regime sob o qual eu não gostaria de viver. Não posso admirar um país do qual eu não possa sair na hora que quiser. Não dá para defender um regime em que não se possa publicar um livro sem pedir permissão ao governo. Apesar disso, há uma porção de intelectuais brasileiros que defendem Cuba, mas, obviamente, não querem viver lá de jeito nenhum. É difícil para as pessoas reconhecer que estavam erradas, que passaram a vida toda pregando uma coisa que nunca deu certo.”
Sobre a política de “psiquiatria democrática” adotada pelo governo (Ferreira Gullar teve dois filhos com esquizofrenia)
“Existe uma política que o governo adotou, chamada ‘psiquiatria democrática’, que é um absurdo. Impede a internação. Eles acabaram com mais de quatro mil leitos. Por que chama “psiquiatria democrática”? Porque não interna. Mas é uma bobagem, ideológica, cretina, que não tem nada a ver com essa doença real. Eu, que lidei com essa doença, sei muito bem que não tem nada disso. Quando uma médica veio com essa conversa, perguntei: ‘É a sociedade que adoece o doente mental? A doença mental não existe? É a sociedade que faz ficar doente? O fígado adoece e o cérebro não adoece? Por quê? É o único órgão divino?’”

Sobre o mundo atual e a poesia
“O mundo aparentemente está explicado, mas não está. Viver em um mundo sem explicação alguma ia deixar todo mundo louco. Mas nenhuma explicação explica tudo, nem poderia. Então de vez em quando o não explicado se revela, e é isso que faz nascer a poesia. Só aquilo que não se sabe pode ser poesia.”

sábado, 3 de dezembro de 2016

LUTO - NÁ DO JÚLIO

É sempre com pesar que a gente posta estas notícias, e agora é pelo amigo e ídolo, conhecido na região e no mundo da bola, simplesmente como Ná, (Juvenal) filho do Júlio Bueno.
Na esquadra do Grêmio Esportivo Perdoense, trouxe muito orgulho e alegria para a cidade.

Seu corpo será velado na Câmara Municipal a partir das 9 horas e o féretro está marcado para as 16 horas de hoje, dia 03 de dezembro de 2016.

Deixa esposa filhos e netos.

Ele já foi homenageado por diversas vezes, mas nunca à altura do que mereceu pelo que significou.

Em junho deste ano este Blog publicou uma postagem sobre uma das homenagens, clique na imagem e relembre.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

TEMOR À JUSTIÇA

Na verdade o povo quer JUSTIÇA, e é sempre bom acompanhar as votações no Congresso. Aqui eu replico a imagem que me foi enviada pelo dr. Mini, via WhatsApp, para reflexão e discussão.
Até acho que a partir da Constituição de 88 o Judiciário teve o seu poder ampliado a ponto de hoje sentirmos se ele está conseguindo suprir as necessidades da sociedade, infelizmente, por diversos fatores, estamos vendo que não. Só que para cumprir todas as suas funções os juízes precisam de prerrogativas que favoreçam suas isenções nas decisões, só que mesmo com essas prerrogativas vemos juízes, que nunca deixaram de ser pessoas, seres humanos comuns e suscetíveis a erros como qualquer um, que ao final abusam dessas prerrogativas, isso precisava ser melhor dimensionado, mas está claro que não foi esse o objetivo dos parlamentares que permitiram e apoiaram que isso fizesse parte de um documento que foi usado como Cavalo de Troia. Tem que ser discutido esse assunto? Creio que sim, mas não de aproveitadora com que isso está sendo discutido e colocado por quem teme a JUSTIÇA.


quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

MOBILIDADE EM NOSSO MUNICÍPIO

Hoje estará sendo apresentado o Estudo Técnico Científico Relacionado à Mobilidade Urbana para o nosso município, realizado pela Universidade São Francisco essa apresentação será na Câmara Municipal, às 19 horas.

Esse estudo é fundamental para que a Prefeitura possa realizar qualquer planejamento, inclusive e principalmente para atender exigências legais.